Terapia Comunitária Integrativa (TCI) é uma abordagem terapêutica que tem como objetivo principal promover o fortalecimento e a cura emocional de comunidades e grupos. Ela é fundamentada na ideia de que a interação social e a participação ativa dos indivíduos em suas comunidades são recursos valiosos para a promoção da saúde mental.
A TCI foi desenvolvida no Brasil na década de 1990 pelo médico psiquiatra Adalberto Barreto, e desde então tem se expandido para outros países. Ela se baseia em princípios da psicologia comunitária, da terapia familiar sistêmica, da psicodrama e de outras abordagens terapêuticas.
Na prática, a TCI utiliza dinâmicas de grupo e técnicas participativas para facilitar a expressão emocional, a escuta ativa e a reflexão coletiva sobre os problemas e desafios enfrentados pelos membros da comunidade. Essas dinâmicas promovem a criação de um espaço seguro e acolhedor, onde os participantes podem compartilhar suas experiências, ouvir as histórias dos outros e buscar soluções conjuntas.
A TCI parte do pressuposto de que a comunidade possui recursos internos e saberes coletivos que podem ser mobilizados para enfrentar suas dificuldades. Ao invés de focar apenas nos problemas individuais, a terapia comunitária integra a sabedoria e a solidariedade da comunidade como ferramentas de transformação e cura.
A TCI tem sido aplicada em diversas áreas, como saúde mental, saúde pública, assistência social, educação, segurança pública, entre outras. Ela pode ser utilizada em diferentes contextos, como comunidades urbanas, rurais, escolas, organizações não governamentais e unidades de saúde.
No entanto, é importante ressaltar que a Terapia Comunitária Integrativa não substitui outras formas de tratamento terapêutico individualizado, mas pode ser um complemento valioso ao promover a coesão social, a solidariedade e o empoderamento dos indivíduos e das comunidades.